sexta-feira, 8 de julho de 2011

Por que é tão difícil sair da internet / Why is it so hard to get out of the Internet



Que atire a primeira pedra quem nunca perdeu minutos valiosos navegando na internet em vez de fazer um trabalho atrasado. Ou quem nunca tenha ido para a cama com a intenção de ler um livro, mas resolveu dar uma olhada rápida no Facebook e no Twitter para, depois, se dar conta de que gastou todo o tempo da leitura apertando o F5 obsessivamente.
Fazer isso vez ou outra não significa que você esteja viciado em internet, mas essa é uma realidade constante para quem tem o problema. Agora, a ciência parece ter descoberto o que esse comportamento não é só uma questão de autocontrole, mas está relacionado a alterações estruturais no cérebro. Um estudo publicado em junho na revista científica PLoS ONE analisou os cérebros de 18 chineses que passavam de 10 a 12 horas em games online e os comparou com outros 18 jovens que gastavam no máximo duas horas na rede.
O resultado revelou que várias pequenas regiões no cérebro dos viciados encolheram significativamente – em alguns casos, entre 10 e 20%.  Quanto mais antigo o vício, mais pronunciada a redução. Para os autores do estudo, esse encolhimento poderia afetar o auto domínio (é por isso que não dá para ficar só 15 minutinhos no Facebook) e o foco em prioridades e metas definidas (ler um livro, por exemplo).
A pesquisa também revelou que a matéria branca cerebral (um dos principais componentes sólidos do sistema nervoso central, ao lado da massa cinzenta) também foi alterada. As imagens mostraram maior densidade de matéria branca em um ponto do cérebro ligado à formação da memória. Por isso, não é raro encontrar viciados em internet com dificuldade para armazenar informações. (Sabe quando você encontra um texto ótimo em um site e pouco tempo depois não faz ideia do que ele dizia? Então.) Já no membro posterior esquerdo da cápsula interna – parte do cérebro ligada a funções cognitivas e executivas -  a densidade da matéria branca caiu, o que pode prejudicar a habilidade de tomar decisões.
Uma explicação possível para essas alterações é que quem passa muito tempo online utiliza mais algumas áreas do cérebro do que outras. Como um músculo, certas áreas podem se desenvolver mais ou menos para se adaptar ao uso que fazemos delas.

Tratamentos radicais
Por falta de evidências científicas, o vício em internet ainda não é um transtorno reconhecido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, em inglês), a bíblia dos profissionais da saúde mental. Mas já existem tratamentos para esse problema em vários lugares. Talvez a China seja o país que faça isso com maior rigor: lá tem um polêmico campo de treinamento semimilitar para viciados em Internet que inclui até eletrochoques.  Estima-se que 14% dos jovens urbanos chineses – o que significa 24 milhões de pessoas – tenham esse vício.


Cast the first stone who never lost valuable minutes surfing the Internet instead of making a late work. Or who has never gone to bed with the intention of reading a book, but decided to take a quick look on Facebook and Twitter to then realize that all the time spent reading obsessively pressing F5.
Doing this once in a while does not mean you are addicted to the internet, but this is a constant reality for those who have the problem. Now science seems to have discovered that this behavior is not only a matter of self-control but is related to structural changes in the brain. A study published in June in the journal PLoS ONE examined the brains of 18 Chinese who spent 10-12 hours in online games and compared them with 18 other young men who spent up to two hours on the network.
The result showed that several small regions in the brains of addicts shrunk significantly - in some cases, between 10 and 20%. The older the habit, more pronounced reduction. For the study authors, this shrinkage could affect self-control (which is why you can not be only 15 minute on Facebook) and focus on priorities and targets (read a book, for example).
The survey also revealed that the cerebral white matter (a major component of solid central nervous system, next to the gray matter) was also changed. The images showed increased white matter density in a point in the brain linked to memory formation. Therefore, it is not uncommon to find addicted to the Internet is difficult to store information. (You know when you find a good text on a website and shortly thereafter have no idea what he said? So.) In the left posterior limb of internal capsule - part of the brain linked to cognitive functions and executive - the density of white matter fell, which may impair the ability to make decisions.



A possible explanation for these changes is that those who spend too much time online using a few more brain areas than others. As a muscle, some areas may develop more or less to adapt to the use we make of them.
Radical treatments
For lack of scientific evidence, Internet addiction is not a disorder recognized by the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM, in English), the bible of mental health professionals. But there are treatments for this problem in several places. Perhaps China is the country that do it more accurately: there is a controversial training camp for Web addicts semimilitar that includes up to electroshock. It is estimated that 14% of urban Chinese youth - which means 24 million people - have this addiction.


from manuela lina faceboock
copyrigth:Ana Carolina Prado
from:http://super.abril.com.br/
 

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