BALDINHO/JS – Francisquinho Pereira viu um sonho de criança ser lentamente derrubado pela burocracia. Aos três anos, munido apenas de um balde e uma pá, daqueles da zona barata do LIDL, decidiu pôr as mãozinhas à obra e erguer um castelo de areia, na Praia Verde. Os trabalhos começaram bem e o terreno era bom, a uma distância segura da maré cheia, mas logo surgiram variados problemas. O empreiteiro, Manelinho Morais, seu primo de cinco anos, insistia em fazer um forte e não um castelo. Ainda a obra não ia a meio e já ambos os lados tinham interposto vários recursos, através de queixinhas oficiais aos progenitores. O conselho de adultos presentes resolveu embargar a obra, justificando a decisão com “serem horas de ir andando”, e deixando um aviso aos contendentes: “ou se portam bem, ou tão aqui tão a apanhar.”
Passados dez anos, a obra continua por terminar, sem que nenhum dos lados ceda. As torres e muralhas inacabadas, repletas de algas, são agora lar de peixes mortos delinquentes, que muito prejudicam o turismo local.
fonte: http://prioradodeidiotas.com/
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